sexta-feira, 4 de maio de 2012

Filhos do pecado




A história é feita basicamente de guerras, conflitos e dramas. No Egito que era uma economia fechada, sabemos muito pouco, mas todas as civilizações antigas apresentam influência, características em comum com os egípcios.

Os gregos foram os primeiros a tornar universal os seus dramas, as tragédias gregas tornaram-se clássicas.

Em Roma, o mundo conheceu as tragédias gregas, mas também a tragédia romana, que teve como protagonista Júlio César, ou Julius Caesar. Os romanos aproveitaram muito bem os costumes e tradições gregas, suprindo a sua falta de passado.

Por não ter passado e nem tradições próprias, Roma conseguia se adaptar, negociar com sucesso, com os povos conquistados, o que não acontece com muita frequência com povos fundamentalistas.

Foi na época de Júlio César que as palavras de Jesus Cristo enfrentaram sua grande prova. As palavras de Jesus Cristo eram vistas como contrárias às doutrinas de seu povo, portanto, também eram revolucionárias.

A tradição dos hebreus é uma das mais antigas do mundo e explica a origem do ser humano, baseando-se principalmente em seus dramas.

O primeiro drama narrado na Bíblia é a história de Adão e Eva, vem daí o pecado, contado através de metáforas que nunca foram totalmente explicadas. Talvez a história de Adão e Eva seja a  mais importante, pela sua ligação direta com o Criador.

Depois de Adão e Eva, veio a história de Abel e Caim, onde o assassino  mantém a nossa tradição de pecados. Nem mesmo o Patriarca do povo de Israel, Abraão, teve um modo de vida considerado puro, com uma relação monogâmica.

Os grandes nomes tinham virtudes, mas sempre com algum problema para corrigir: O grande herói Sansão levava uma vida de pecados com as mulheres, sendo sua traição com Dalila um dos maiores dramas bíblicos; o Rei Saul cometeu muitos erros e não evitou que seu trono passasse para as mãos de Davi; Salomão também teve um romance conturbado.

Jesus Cristo, Filho de Maria, não deixou herdeiros.  Criado por José, descendente dos reis e de Maria, descendente dos profetas, era visto como uma grande ameaça para a aristocracia daquela época.

A aristocracia aproveitou suas idéias revolucionárias para colocá-lo contra os romanos e contra elite daquela época.

As ideias de Jesus Cristo e Júlio César, apesar de conflituosas entre si, tinham algo em comum, ambos foram mortos pela sociedade. A diferença é que Júlio César era sanguinário e matava, Jesus apenas se ofereceu como o Cordeiro de Deus.

... e o pecado tornou-se eterno...

Depois de tantos séculos, o próprio conceito de pecado tornou-se uma grande dúvida. O fim das influências fundamentalistas deram origem às leis e regras rígidas, nem sempre cumpridas, mas que influenciaram as novas sociedades.

Hoje, sabemos que o pecado está nas consequências de nossos atos impensados e não necessariamente na prática do que consideramos errado. Nossos atos tem de ser pensados e deveremos ser responsáveis por eles, não através de leis, regras, costumes, mas através da ética, moral e principalmente de nossa consciência.

Não devemos julgar, até porque só temos autoridade sobre nós mesmos, além disso, seria intolerância.

By Jânio