quarta-feira, 14 de dezembro de 2011

O risco dos pobres



Tivemos uma má notícia para o Brasil, sobre o aumento do risco-país em 4 pontos, passando a 216. A notícia boa é que o JPMorgan, criador desse índice, não anda mais tão confiável como antigamente, seria melhor que ele avaliasse o seu próprio risco.

Analisando uma das principais causas, por exemplo, vindo da agência Standard & Poor's, onde a classificação de risco da zona do euro entrou em alerta, e de que 15 dos 17 países desse bloco seriam reavaliados, seria uma das causas do aumento do risco-Brasil.

Isso me leva a crer que os ex-países ricos não aprendem mesmo, pior, que não sabem com quem estão brincando. Bastou uma medida do governo chinês, para que todo o capital investido no país ficasse preso a sua vontade, e no Brasil não foi muito diferente, criamos taxas exorbitantes para inibir a entrada de capital especulativo, ou seja, investimento a curto prazo.

Eu penso que tanto o criador do risco-país, JPMorgan, quanto a Standard & Poor's, que coloca o rating AAA da Europa sob revisão, não sabem como funcionam o Brasil, China, Índia, Rússia, África do Sul e até alguns países da própria zona do euro.

Em todas as guerras, quem sofreu mais foi o povo, enquanto seus líderes morreram gordos como leitoas de engorda ou gado de corte.

Em países emergentes, os povos já sofreram durante séculos e toda vez que há uma crise, medidas duras são adotadas. Quem pagará sempre serão os mais pobres.

Com as reservas que os emergentes, como Brasil e China tem, a crise não ameaçará muito. Quando eles passarem fome, os europeus já terão caído.

Essa é a mesma regra que vale para ricos e pobres do Brasil, quando os ricos sentirem a crise, nem sobrará pobres para contar a história.

O principal título da dívida externa brasileira caiu 0,05%, mas essa queda do Global 40 não parece preocupar muito o governo brasileiro, caso contrário, já teria aumentado a taxa SELIC, além do mais, nossa dívida externa nem é tão grande assim.

O relatório da indústria, divulgado pelo IBGE, também é normal. A indústria brasileira é muito instável, basta reduzir o IPI para um ano ou dois, para que ocorra um novo crescimento.

Saldo na balança é outro ítem que nunca preocupou sistemas de governos elitizados, eles podem acabar com a farra quando bem quiserem.

Resumindo: Um agravamento da crise para os países emergentes, só resultará numa economia muito mais fechada à globalização e dificuldades para as pessoas pobres.

By Jânio

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