domingo, 17 de julho de 2011

Mulheres roteiristas



Nos últimos dez ou quinze anos, as mulheres ganharam um certo destaque no cinema nacional, as maiores produções tem a alma feminina, mas nem sempre foi assim.

Cassandra Rios, a escritora de maior sucesso comercial e mais proibida do Brasil, chegou a ter 33 de seus 36 livros censurados. Conseguiu um recorde de vendagens que só seria quebrado por Paulo Coelho.

Graças a essa popularidade, em 1.980 seu livro "A Paranóica" foi adaptado para o cinema, com um elenco de estrelas.

Lésbica assumida, a escritora não gostava de ser confundida com suas personagens.

Fora do Brasil, o comportamento da sociedade não era tão diferente assim, situação que só mudou nos últimos anos.

Nem mesmo os filmes de sexo explícito deixaram de ter a influência das mulheres.

Em 1.980, Helene terrie iniciaria uma série interminável de filmes hardcore de grande sucesso, Taboo, com dezenove filmes, numa das maiores séries de filmes adultos da história.

O tema de Taboo era focado no incesto, muito comum para as mulheres, mas um verdadeiro escândalo para os homens e suas instituições.

Na França, em pleno ano 2.000, foi a vez de uma dupla de mulheres escandalizar o mundo com seu roteiro.

Parece estranho que um filme adulto possa chocar, em plena passagem de milênio, mas Coralie e Virginie Despentes conseguiram.

Muita gente jura que a cena de estupro de Baise-moi é real, como conseguiram o realismo que as cenas apresentam, ninguém sabe.

As roteiristas contam a história de duas mulheres que se unem em suas decadências, uma fora estuprada e a outra viu o único amigo ser baleado.

Se isso foi apenas uma desculpa para as cenas de violência que se seguem, já não importa mais, as duas iniciam uma viagem em busca de negação a sociedade, vingança, violência, drogas e sexo.

O filme foi proibido na Austrália, mesmo sendo exibido apenas para adultos, entrando para a lista dos filmes mais polêmicos de todos os tempos. Baise-moi tem uma tradução clara em qualquer língua, e soa como machista, exceto pelo fato de ter sido escrito por duas mulheres, portanto, feminista.

As mulheres são criativas e sabem lidar muito bem com a polêmica, por isso nem precisam de sexo explicito para mostrarem seu talento.

Callie Khouri escreveu o roteiro de Thelma e Louise, foi acusada de ódio contra os homens, mas no fim da história mata as duas personagens. Suas mortes não calou os críticos.

Nos últimos anos, já longe das polêmicas, as mulheres entraram de vez no mercado cinematográfico, mostrando que escrevem muito.

Produções nacionais com roteiro feminino:

01 - Dois filhos de francisco - Carolina Kotscho

02 - Carlota joaquina - Carla Camurati

03 - Eu, tu, eles - Elena Soares

04 - Os normais - Fernanda Yang

05 - Olga - Rita Buzzar

06 - Se eu fosse você

No alto da compadecida

A mulher invisível - Adriana Falcão

Roteiristas Internacionais

01 - Legalmente Loira

Dez coisas que eu odeio em você

A casa das coelhinhas - Karen McCullah Lutz, Kirsten Smith

02 - Lost in translation (Encontros e desencontros) - Sofia Coppola

03 - O senhor dos anéis - Philippa Boyens Fran walsh

04 - Lars and the real girls (A garota ideal) - Nancy Oliver

05 - A família savage - Tamara Jenkins

06 - Longe dela - Sarah Polley

Como podemos notar, a maioria das histórias giram em torno do universo feminino e da família.

Para ver a sinopse completa, Basta digitar o nome + wikipedia.

Ex: Longe dela+wikipedia

By Jânio